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LATIN CHEMICALS – EDIÇÃO 24 BIOCIDAS

Em posição de largada

Devido à recessão econômica que o Brasil enfrentou no ano passado, o mercado de biocidas também foi afetado, com juros altos, dificuldades de obtenção de matéria-prima, desvalorização do dólar, entre outros. Mesmo assim o segmento segue driblando os problemas com avanços tecnológicos e desenvolvimento de produtos com menor custo.

Além disso, os fabricantes trazem para o mercado produtos mais amigáveis ao ambiente e ao ser humano e disponibilizam pacotes diferenciais de serviços para seus clientes, aquecendo a procura pelos biocidas e contornando a situação sem causar grandes complicações. Por outro lado, nos últimos anos foi constatado aumento na demanda de biocidas em diversos segmentos, como papel e celulose, tintas, plásticos, e também houve grande aumento na competitividade, tanto de empresas multinacionais como de empresas nacionais, resultando em margens de venda cada vez mais estreitas. Com todo esse cenário, deduz-se que apenas sobreviverão aqueles fabricantes que oferecerem algum tipo de serviço, principalmente no que diz respeito à assistência técnica em laboratórios. Apesar dos inúmeros obstáculos ainda encontrados, o mercado está mais otimista em 2006 e já apresenta maior movimentação nas vendas dos produtos, devido a dois grandes acontecimentos: Copa do Mundo e eleições. Mas apenas isso não basta para obter crescimento e se concretizar no mercado: os fabricantes de biocidas terão que colocar a “mão na massa”, ou seja, apresentar tecnologias inovadoras, produtos ecológica e eticamente corretos, além de atendimento diferenciado aos seus clientes.

Setor em dificuldade

Para Mauro Majerowicz, diretor comercial da Polyorganic Tecnologia, o fator mais importante no mercado é o preço. “Poucas empresas tem como avaliar, por motivos culturais e técnicos, o fator custo-benefício. O mercado procura o menor custo unitário em detrimento de fatores éticos e ecológicos, que deveriam ser checados, atualizados e utilizados como efeito importante para valorização de seus produtos junto ao consumidor final, processo esse muito usado nos Estados Unidos e Europa.”

TECNOLOGIA APROVADA

Já a Polyorganic Tecnologia não produz biocidas, mas, sim, soluções de alta performance para grandes empresas – como Lanxess Energizing Chemistry, que têm produtos mundialmente reconhecidos (Preventol, Solbrol, Biocheck e Tektamer) – e também atende pequenos consumidores com a distribuição dessas linhas. “Contamos com corpo técnico altamente qualificado, logística perfeita, além de total sincronia com os laboratórios locais e, se necessário, em nível internacional com nossos parceiros para soluções de problemas relativos a desinfetantes e ativos para preservação de materiais em clientes de pequeno e médio porte”, ressalta Majerowicz, acrescentando que no ano passado, em parceria com a Lanxess, a empresa lançou uma família de biocidas de amplo espectro de atuação, denominada de Tektamer – linha extremamente eficaz e com a aprovação FDA para sistemas que entram em contato com alimentos.

Otimismo em alta

Para Majerowicz, 2006 é muito importante, como todo ano político, pois tem a possibilidade de demonstrar pequena recuperação. “Esperamos que isso não signifique apenas uma bolha de crescimento e que nosso segmento e o próprio País sigam em frente, apesar dos problemas atuais verificados no mercado mundial, como a alta constante do petróleo e, por conseqüência, também dos seus derivados, o que afeta a área química em geral.”